quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

LuzeirOO


s. m.,
coisa que emite luz;
clarão;
lustre, lampadário;
farol;
astro;
estrela;

fig.,
homem ilustre;

pop.,
(no pl. ) os olhos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Kama SutrA

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

BrilhO

pintura




No sorriso da criança, nos raios do sol e na luz da lua, nas flores, no beijo, no abraço, na meditação, no amor, na música, na simpatia e na lucidez de sentir além dos pensamentos convencionais, está a prova da existência do divino.

Ode de Ricardo Reis

tela



Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis, 1-7-1916

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

CertezaS!


                          
A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes.
KAHLIL GIBRAN

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Duas escravas

À pulseira com sete anéis chamamos escrava, uma para cada dia da semana.



Usou durante muitos anos uma pulseira com quatro anéis, até que, como uma obrigação, lhe ofereceu dois dos anéis, duas escravas, as suas "jóias".





Duas escravas de prata e de lua



tão perto do sol...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Canção do Encontro

foto



Ela.

12 Vem, meu amado, saiamos ao campo!
Passaremos a noite nas aldeias,
13 madrugaremos para ir aos vinhedos,
ver se as vides lançaram rebentos
ou se já se abrem suas flores,
se florescem as romãzeiras.
Ali te darei o meu amor.
14 As mandrágoras exalam seu perfume,
e à nossa porta há mil frutas deliciosas,
tanto frescas como secas,
que para ti, meu amado, reservei.

Cântico dos Cânticos, V

Epifania


   
(Do grego epiphainein, ‘manifestar’; “mostrar, fazer aparecer”) Termo que antes do Cristianismo designava as aparições dos deuses.

Mais tarde veio a designar a festa que ocorre a 6 de Janeiro, data em que Cristo se  manifestou aos Gentios (na pessoa dos Magos) e a sua divindade foi revelada ao mundo.

James Joyce apropriou-se do conceito de epifania e secularizou-o, dando-lhe uma conotação essencialmente literária(...)

Joyce apresenta o conceito nos seguintes termos: “Por epifania ele referia-se a uma súbita manifestação espiritual, presente quer na banalidade da fala ou do gesto quer num estado memorável da própria mente. Na sua opinião, cabia ao homem de letras registar estas epifanias com um cuidado extremo, visto  tratarem-se dos mais delicados e evanescentes dos momentos(…)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ar de Nocturno





Tenho muito medo
das folhas mortas,
medo dos prados
cheios de orvalho.
eu vou dormir;
se não me despertas,
deixarei a teu lado meu coração frio.


O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!


Pus em ti colares
com gemas de aurora.
Por que me abandonas
neste caminho?
Se vais muito longe,
meu pássaro chora
e a verde vinha
não dará seu vinho.


O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!


Nunca saberás,
esfinge de neve,
o muito que eu
haveria de te querer
essas madrugadas
quando chove
e no ramo seco
se desfaz o ninho.


O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!


Garcia Lorca

Hsu/ A espera

foto

A água acima, no céu, toma a forma de nuvens.
Quando as nuvens se elevam, a chuva não tarda;
assim todas as coisas, sem exclusão, são alimentadas e favorecidas.
Não há nada a fazer senão esperar que a chuva caia.
O mesmo ocorre na vida, quando o destino articula seus movimentos.
Não se deve ceder a preocupações
nem procurar moldar o destino com intervenções prematuras.
Ao contrário, deve-se, com tranquilidade, fortificar o corpo, comendo e bebendo,
e o espírito, através da alegria e do bom humor.
O destino virá no seu tempo devido e então se estará preparado.

Lao Tsé, Tao Te King

Khalil Gibran (6 de Janeiro1883 / 10 de Abril 1931)




Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.


Khalil Gibran

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

o sol

tela

114

Todas as manhãs,
o orvalho pesa sobre as tulipas,
os jacintos e as violetas,
até que o sol venha aliviá-los
desse belo fardo.

Todas as manhãs,
sinto o coração
mais pesado no meu peito,
mas logo o teu olhar
dissipa a minha tristeza.

OmarKháyyám - poeta persa

domingo, 4 de janeiro de 2009

Horizonte

tela

(...)
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte-
Os beijos merecidos da Verdade.


Fernando Pessoa, Mensagem

pour toi




sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

esperança





Nuvens,
sem raízes
até que chova.





Werner Lambersy, tradução de Carlos Seabra

caixa de hai kai

Cor preferida


“Qual é a tua cor preferida?”, pergunta-me ela,
e eu respondo:

“A cor dos teus olhos”.

Então ela fica em silêncio e muito séria,
mas quando a olho bem nos olhos, eis que neles
vejo um sorriso luminoso e subtil,
e fico a pensar que o que era afinal
um simples elogio, pode muito bem ser
uma enorme verdade…
(...)

Tenta-me... Surpreende-me!

Transforma os meus dias,

nas tuas mil e uma noites!

Tudo graças ao teu olhar!



poema completo

Janus





JANUS ou IANUS, caracteriza-se por ter uma bicefalia com duas faces, olhando em direções diametralmente opostas: enquanto uma contempla o passado, a outra olha para o futuro. Consta que originalmente uma era barbada e a outra não, uma masculina e outra feminina, talvez representando o sol e a lua; depois foi modificada passando a serem ambas barbadas.

Em latim Janus (do grego) deu origem à palavra ianus, que significa porta e também janela; de janus (latim) originou-se "janela" na língua portuguesa como também "janeiro", no sentido de que é o primeiro mês, a "porta" que se abre para um novo ano.

BOM ANO NOVO